segunda-feira, 6 de agosto de 2018

CAOA Chery Tiggo2

O Chinês que quer ser brasileiro

06/08/2018
Por Tarcis

Temos no Brasil uma marca chinesa que tenta há muito tempo engrenar seus produtos em nosso mercado, a Chery, agora conhecida como CAOA Chery (parte de suas operações no Brasil pertencem a CAOA).
A Chery começou suas atividades no Brasil em 2009 importando seus carros da China, porém hoje tem sua própria fabrica em Jacareí-SP inaugurada em 2014, onde produz o New QQ, Celer e o novissímo Tiggo2, objeto de nossa discussão de hoje.

O Tiggo2 foi apresentado em 2017 ao mundo, porém somente este ano chegou ao Brasil. Ele já é vendido em muitos outros mercados emergentes, como Russia, Irã, América Latina e etc.




Com porte compacto, podemos observar que ele não é tão pequeno quanto um aventureiro como esperávamos, comparando com a EcoSport por exemplo, o SUV Tiggo2 tem comprimento de 4,20m (EcoSport 4,27m), entre-eixos 2,55m (EcoSport 2,52m), altura 1,57m (EcoSport 1,69m) e largura 1,76m (EcoSport 1,76m).




Sua mecânica conta com motor 1.5 com potência máx. 115 cv (E) e 110 cv (G) a 6.000 rmp. Torque 14,9 kgfm (E) e 13,8 kgfm (G) a 2.700 rpm. Ambos Flex.
O desempenho não é nada que empolgue, porém é satisfatório.

Tiggo2 parte de R$ 59.990,00 na versão básica Look manual e R$ 66.490,00 na versão automática ACT (incluso no pacote piloto automático, ESP, assistente de partida em rampa, câmera de ré, central multimídia e teto solar).

Consumo pelo padrão Inmetro divulgado é de 12,34 km/l na estrada e 10,94 km/l na cidade com gasolina.

Tiggo2 traz um visual moderno e ocidentalizado, bem sóbrio. Diferente de seu irmão caçula de Jacareí, o New QQ com cara de oriental. 
Internamente encontramos bons encaixes e material plástico de sobra, nada diferente de seus concorrentes. Apresenta um design interessante e mais uma vez sóbrio e atraente, principalmente na versão ACT com a central multimídia e teto solar.




O desafio da CAOA Chery este ano é fazer o Tiggo2 cair no gosto do consumidor, criando a confiança que a marca precisa para de fato fazer suas vendas serem expressivas no Brasil. Antes do Tiggo2, a Chery vendia praticamente somente o New QQ, com vendas na casa de 200 unidades mensais, mesmo sendo um modelo produzido no Brasil.

Não ficou claro se a CAOA quer realmente ser uma montadora ou somente usar a sua fama para fazer seu parceiro crescer, visto que a primeira novidade da aliança CAOA Chery é um carro chinês (produzido no Brasil) e não um projeto totalmente nacional. Certo que foi tudo muito rápido e não haveria tempo para projetar um carro 100% brasileiro desde a compra de parte das operações no Brasil da Chery pela CAOA, mas pelo que acompanhamos, os próximos lançamentos continuarão sendo de carros chineses. Os apaixonados por carros seguem na expectativa.

As vendas do Tiggo2 no Brasil começaram em março deste ano de 2018 com 18 unidades emplacadas, já em abril foram 78 unidades emplacadas, maio 170 unidades, junho 236 unidades e finalmente em julho 456 unidades, ultrapassando seu concorrente mais direto o JAC T40 (230 unidades emplacadas em julho de 2018). O Tiggo2 a partir de julho fica na cola do Aircross, este vende na casa das 400 unidades mensais, porém em julho vendeu 868 unidades.
Pode-se atribuir o salto nas vendas do Tiggo2 de junho para julho devido a chegada da versão com câmbio automático de 4 marchas.

Ainda não da pra saber quando que o Tiggo2 vai estabilizar suas vendas pois ele continua crescendo mês a mês, que por conta da pouca credibilidade da Chery e de seu portfólio ser muito pequeno não temos um padrão. O que nos faz ficar na expectativa e na torcida que a marca seja aceita de vez pelo consumidor brasileiro.

Para completar seu portfólio, a CAOA Chery precisa ainda de um sedan compacto e um hatch compacto mais competitivos do que o Celer. As próximas novidades entretanto se tratam de mais SUVs.

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